NO CONCELHO

“Este programa não impõe um cabaz pré-feito aos destinatários”

Silvério Regalado apresentou publicamente o “Alimentar + Alimentar Melhor”, que pretende ajudar as famílias que estejam com dificuldades financeiras

O atual desafio colocado às famílias pelo aumento do custo de vida, que tem tido um especial impacto no campo da alimentação, motivou a Câmara de Vagos a avançar com o programa “Alimentar + Alimentar Melhor”, que foi apresentado recentemente por Silvério Regalado, presidente da autarquia, numa sessão que teve lugar no auditório da Biblioteca Municipal de Vagos. O objetivo é chegar a todas as famílias que estejam com dificuldades financeiras para suprir as suas necessidades alimentares.
“Este programa não pretende impor um cabaz pré-feito aos destinatários, mas dar-lhes autonomia de fazerem a gestão que entenderem por mais adequada, mediante o valor que é fornecido. Este processo terá a supervisão das nossas equipas”, frisou Silvério Regalado.
A Câmara de Vagos adianta que as famílias, atualmente, sentem dificuldade em dar resposta aos encargos com a alimentação. O que se traduz, invariavelmente, na redução da compra de alimentos e na diminuição da qualidade da alimentação. É foi isso, explica, que o programa “Alimentar + Alimentar Melhor” pretende, acima de tudo, ser “um suporte à alimentação rica e diversificada”.
Assim, mediante uma avaliação prévia realizada pelo Serviço de Acompanhamento e Ação Social, vai ser dado um apoio em cartão de compras, num montante definido de acordo com o número de elementos da família. A frequência e a duração do apoio vão ser definidos com cada agregado familiar e desenhados através de uma resposta individualizada e ajustada à realidade de cada um.
“Este é mais um passo para auxiliar as pessoas nestes tempos difíceis que enfrentamos. Enquanto, há uns anos, as famílias necessitadas estavam perfeitamente identificadas, hoje estamos a falar de agregados familiares ativos no mercado de trabalho, cujo rendimento não permite chegar ao final do mês com autossuficiência alimentar”, ressalvou Silvério Regalado, para quem “esta é uma situação que cria desesperança no futuro, que não faz sentido e que temos de combater”.
S.F.

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