NO CONCELHO

Comandante José Santos mantém-se ao leme dos Bombeiros de Vagos

Sucessor de Fernando Cheganças ponderou abandonar o cargo, por indisponibilidade profissional, mas apelo do restante corpo convenceu-o a mantê-lo

José Santos, comandante dos Bombeiros Voluntários de Vagos desde maio, quando sucedeu a Fernando Cheganças, ponderou abandonar o cargo no final do próximo mês de novembro e demonstrou essa vontade à direção da associação humanitária. Em causa estariam razões de índole profissional, que o impediam de ter a disponibilidade que entendia ser necessária para se manter à frente do comando. No entanto, após um apelo feito pelo restante corpo de bombeiros, que prometeu apoiá-lo na liderança, o comandante aceitou manter-se em funções.
No início do ano, aquando da demissão, por motivos pessoais, de Fernando Cheganças do cargo de comandante dos Bombeiros de Vagos, o oficial José Santos – que tinha vindo de Vouzela e era, à época, o elemento mais graduado do quartel – assumiu, de imediato, funções como comandante interino. No entanto, pouco tempo depois, viria a ser convidado pela direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vagos (AHBVV) para assumir o cargo de forma permanente.
Nuno Moura, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vagos (AHBVV), recordou ao Eco de Vagos que, quando foi convidado para assumir funções, José Santos “já tinha alertado que seria complicado conciliar, durante muito tempo, a sua vida profissional, como mediador de seguros, com o cargo de comandante”. “Sabendo dessa sua condição, aceitámos na mesma, por entendermos que era a pessoa indicada e porque queríamos ter o comando em plenas funções no início da época crítica dos incêndios”, adiantou Nuno Moura.
Motivações
Foi este mês que José Santos interpelou a direção da associação, com a constatação do que já previra meses antes. “Informou-nos que só ficava até ao final de novembro, porque, efetivamente, estava a ser muito complicado conciliar a vida profissional com a de comandante [cargo desempenhado como voluntário], que acarreta muitas responsabilidades. Nós lamentámos, mas percebemos as suas motivações”, esclareceu o presidente da AHBVV.
Numa reunião geral de imediato convocada, este mês de outubro, a direção comunicou a decisão de José Santos ao restante corpo de bombeiros. E os apelos para que o comandante se mantivesse em funções não tardaram. “Todo o corpo ativo se mostrou disponível para ajudar o comandante no que ele precisasse, de modo a aliviar a sua carga. E foi-lhe sugerido que completasse o comando com dois adjuntos, de modo a repartir o trabalho. Isto porque, atualmente, o comando é apenas composto pelo comandante José Santos e pelo segundo comandante, Víctor Bento”, realçou Nuno Moura.
Assim, depois de ponderar, José Santos aceitou manter-se na liderança do corpo de bombeiros. Agora, ao que tudo indica, serão nomeadas duas pessoas para o adjuvar, cujos nomes ainda não estão escolhidos.
S.F.

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