NO CONCELHO

Escola de teatro do “Fantástico” prevista para 2024

Grupo da Santa Casa da Misericórdia de Vagos quer formar novos atores, a partir dos seis anos, já no próximo ano letivo

A ideia já tinha algum tempo, mas a pandemia veio atrasar a sua concretização. O Grupo de Teatro Fantástico deverá abrir uma escola de teatro, em 2024, a partir do início do próximo ano letivo. A iniciativa já foi aprovada pela Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Vagos e seguirá, agora, para a Assembleia, que está agendada para dia 30 de novembro.
Há 27 anos, aquando do início do Grupo de Teatro Fantástico, havia um grupo de juvenis, com crianças com idades compreendidas entre os oito e os 12 anos, que tinha aulas de teatro uma vez por semana. “Na altura, a pessoa que estava responsável por essa tarefa foi colocada no Porto e, a partir daí, deixámos de ter esse grupo em funcionamento. Ainda temos dois ou três membros dessa altura, que se mantiveram no Fantástico e que hoje integram o grupo sénior. Um deles o Artur Rosa, que é, provavelmente, o exemplo mais bem-sucedido, uma vez que faz do teatro profissão”, recorda João Domingues, vice-provedor da SCMV e responsável pelo grupo de teatro.
A ideia da SCMV, inicialmente, seria encontrar financiamento para a criação da escola de teatro. Mas, uma vez que ainda não o conseguiu assegurar, decidiu avançar na mesma. Até porque tem sentido procura, por parte dos vaguenses pais de filhos menores de idade. “Temos sido abordados por pais de crianças, a partir dos seis anos, que gostavam de os meter no teatro, pois só encontram atividades extracurriculares ligadas ao desporto e nem todas as crianças se interessam por essa área. Por isso, decidimos avançar e depois pensamos no financiamento”, explica João Domingues.
O projeto, para já, passa pela criação de um ou dois grupos, de 12 a 15 crianças, cada – consoante a procura. Para isso, na altura, será necessária a contratação de um ou dois formadores. Dessa forma, o Teatro Fantástico também pretende assegurar os anos vindouros. “Em termos de sucessão do grupo, é importante criar o gosto pelo teatro na infância. Temos introduzido algum sangue novo, mas não é jovem”, sublinha o responsável pelo grupo, que, atualmente, tem 28 membros ativos.
Para já, em cena, o Fantástico mantém a peça “Um fantasma chamado Isabel”, que tem sido apresentado dentro e fora do concelho. A última atuação está prevista para 9 de dezembro, no Salão da Igreja de Santo André de Vagos, e servirá para angariar fundos para a associação de solidariedade local.

S.F.


Sugestões de notícias