NO CONCELHO

Obra do Palacete Visconde de Valdemouro parcialmente suspensa

Derrocada que aconteceu no início do mês obrigou a alterações nos trabalhos de ampliação e requalificação do edifício

A empreitada de reabilitação do Palacete Visconde de Valdemouro foi suspensa, parcialmente, na sequência da derrocada que aconteceu no início do mês de setembro. Em reunião do executivo, a Câmara informou que, para já, os trabalhos seguem apenas na parte nova do palacete – que está a ser ampliado –, enquanto não se apura o que levou a que parte do edifício ruísse.

A Câmara de Vagos já tinha explicado que a derrocada das traseiras do Palacete Visconde de Valdemouro – na zona onde funcionava a Assembleia Municipal e parte do Museu do Brincar – tinha sido “tão adversa quanto imprevista, tanto para a empresa responsável pela obra como para a Câmara Municipal”. Até porque, naquele mesmo dia, de manhã, tinha sido “realizada a respetiva monitorização topográfica e as medições geotécnicas, indicando que tudo estava dentro da normalidade no que à estabilidade do edifício diz respeito”.

“As causas do incidente estão a ser apuradas, estando a equipa técnica da obra a verificar as medidas imediatas de estabilização e consolidação do edifício”, adiantou o município liderado por Silvério Regalado. No entanto, na semana seguinte, em reunião de Câmara, o edil avançou novos pormenores. Para já, a obra fica suspensa no que à parte antiga do edifício diz respeito, avançando, apenas, na zona nova do palacete. E a autarquia também já pediu ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera dados sobre a atividade sísmica registada naquele dia.

O autarca vaguense adiantou, ainda, que a equipa técnica está a analisar o estado do edifício e a “fazer as operações necessárias para evitar que haja mais derrocadas descontroladas”. E que, só depois, serão feitas “as demolições necessárias, de forma controlada, tal como elaborado o projeto para o restante edifício”. “Aquilo que garanto a todos os vaguenses é que, no final, o aspeto exterior será exatamente igual àquele que lá estava”, assegurou o presidente da Câmara.

A derrocada que aconteceu, na tarde do dia 7 de setembro, não causou quaisquer feridos, uma vez que o edifício já está totalmente desocupado há vários meses e os trabalhadores que se encontravam no local conseguiram proteger-se, atempadamente. A empreitada em causa, com um custo previsto de 4,2 milhões de euros, começou em janeiro e contempla a criação de um auditório com capacidade para 350 pessoas. O prazo inicial de término estava calculado para janeiro de 2024

S.F.

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