NO CONCELHO

Barco moliceiro inscrito como património da UNESCO

Município de Vagos juntou-se aos restantes 10 da Região de Aveiro para apresentar a candidatura, que foi este mês aceite

A arte da carpintaria naval da Região de Aveiro, que se traduz na construção de barcos moliceiros, foi inscrita na Lista do Património Cultural Imaterial que necessita de salvaguarda urgente, da UNESCO. A candidatura agora aceite uniu os 11 municípios da região, entre os quais Vagos, foi promovida pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), em colaboração com mestres construtores, pintores, entidades culturais e operadores turísticos ligados à ria.
A decisão foi anunciada em Nova Deli, na Índia, durante a 20º sessão do Comité Intergovernamental. “A inscrição do barco moliceiro na UNESCO é um momento histórico para a Região de Aveiro e para Portugal. Representa o reconhecimento internacional de uma prática cultural profundamente enraizada na nossa paisagem e no nosso quotidiano. Este resultado reforça o compromisso de toda a região em garantir que este ‘saber-fazer’ continua vivo e relevante para as gerações futuras”, discursou Jorge Almeida, presidente da CIRA e também da Câmara de Águeda.
Na cerimónia, foi apresentado às dezenas de delegações de países presentes o documentário “Barco Moliceiro, há quem diga que já nasces connosco”, onde se reflete a relação do homem com a natureza, que inspirou uma embarcação única, cuja arte de carpintaria naval foi, agora, universalmente reconhecida.
S.F.

Sugestões de notícias