EFEMÉRIDE

Soares veio a Vagos na campanha de 1º Ministro

EFEMÉRIDE

CANDIDATURA EM 1991. Cerimónia informal na sede do PS, seguida de jantar num restaurante típico da Vagueira. Em causa estava a apresentação da Comissão de Honra, de apoio à candidatura de Mário Soares, em Vagos, que contou com a presença do mandatário distrital, Renato Araújo. Na sua intervenção, o então Reitor da Universidade de Aveiro (entre 1986 e 1994), apelou para a necessidade de combater a abstenção, que observou ser o «inimigo número um». A candidatura de Mário Soares, segundo Renato Araújo, era abrangente, dado que «atravessa todo o enquadramento ideológico em que o país tem vivido». Reconhecendo a existência de um certo «folclore», resultante de «não haver candidatos à altura de competir com Soares», o mandatário distrital considerou que seria importante para o próprio candidato que o resultado atingisse os 66 por cento. «Seria o presente que lhe daríamos, pelos 66 anos de vida», disse o Reitor.
Antes usara da palavra António Ferreira de Carvalho, mandatário concelhio, para realçar que a própria reeleição de Mário Soares, não sendo o pagamento de uma dívida, constituía a certeza de «continuarmos a votar em liberdade». A vitória esmagadora de Soares, (70,35% – 3,459 521 votos), apoiado pelo próprio PSD, nas presidenciais de 13 de janeiro de 1991, acabaria por deixar três candidatos pelo caminho: Basílio Horta/CDS-PP (24,16%), Carlos Carvalhas/PCP (12,92%) e Carlos Marques/UDP (2,57%).
CAMPANHA EM VAGOS. O diretor da campanha, em Vagos, era Jorge Luís Nunes Oliveira, enquanto Óscar Manuel Gaspar dirigia o MASP/Jovem. Do secretariado faziam parte Carlos Alberto Sarabando, Fausto José Malta Almeida, João Silva Santiago, Maria Graça Santos e Marta Rocha Martinho.
A Comissão de Honra, presidida pela advogada Ana Maria Vasconcelos, era constituída por: Alcino Santos Cartaxo, diretor do Conservatório de Música de Aveiro; Alda Melo Santos Victor, ex-presidente da Câmara de Vagos; António Paulo Maia Gravato, provedor da Santa Casa da Misericórdia; Arlindo Pimentel, metalúrgico; Armindo Rocha Fernandes, industrial de hotelaria; Armindo Sequeira, advogado; Carlos Alberto Ribau, comerciante; Carlos Cazaux, bancário; Carlos Fernandes Roseiro Bento, médico; Carlos Manuel Simões Neves, bancário; Dina Marques Oliveira, diretora da EPAV; Emídio Esteves Gomes, médico; Francisco Nunes Oliveira, pintor cerâmico; Humberto Calado Neves, comerciante; João Augusto Vieira Resende, médico; João Carlos Sarabando, arquiteto; João Evangelista Silva, industrial; João Mário Vasconcelos, ensino secundário; João Mário Martins, professor primário; João Simões Pandeirada, presidente da Lacticoop; João Graça Capela, advogado; José Creoulo Prior, industrial; Manuel Jesus Nogueira, professor educação física; Manuel Pinho Correia Duarte, bancário; Maria Natália Rocha, professora preparatório; Maria Natália Sarabando Rocha, enfermeira-chefe; e Rogério Simões, engenheiro.
APARECEU EM VAGOS. Mário Soares visitou a sede do concelho, pela primeira vez, na campanha para Primeiro Ministro do Governo Constitucional. Proveniente da região da Bairrada, Soares vinha de Soza, acompanhado por dezenas de alguns militantes e simpatizantes, entre os quais Paulo Gravato, João Pedro Mateus, João Carlos Almeida, Carlos Ribeiro, Fernando Manuel Santos Rocha/Manuel da Praça, Frederico de Moura, João Evangelista Silva (Lombomeão), e ainda Mário Castelhano e Mário Costa (ambos de Fonte de Angeão).As eleições a 25 de abril de 1976, tendo tomado posse a 23 de julho. Da Comissão das Festas do Espírito Santo e Nossa Senhora de Vagos 1976, fizeram parte Carlos Lopes, João Lino, João Batista Ribeiro, Carlos Gravato, Jaime Duarte Gravato, Mário Alegrete, Artur Graça, Armando Dionizio, António Valente, Domingos dos Santos e Armando Regalado. A Comissão desejava que na mesma data se realizasse a inauguração da nova Igreja, que estava em obras. De Caracas tinha-se reunida a quantia prevista para o custo do altar – 7.000 mil bolívares, ou seja, à época a verba de 42 contos.

Eduardo Jaques

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