1. O ano em que comecei a dar os primeiros passos na música. Literalmente.
    (sim!, sou aquela situação minúscula ao centro da foto.)
    Mas 1993 foi, também, o ano em que dei de caras, na Banda Vaguense, com exemplos maiores de abnegação, altruísmo, paixão desmedida pela música e “amor à camisola” incondicional.
    Infelizmente no passado mês de dezembro faleceu um desses exemplos maiores: o Sr. Silvério Rei.
    Quem se cruzou com ele na Banda Vaguense, sabe bem o que ele significou (e significa!) para a Instituição, pois durante longos anos foi o seu Presidente, percusssionista e, sobretudo, um verdadeiro pilar, assegurando toda a gestão institucional e também, com a sua carrinha Toyota, a logística de transporte de músicos e instrumentos em todos os ensaios e serviços.
    Outro grande exemplo, infelizmente de igual modo desaparecido, foi o Sr. Graciano Rocha que, para além de músico, arquivista e motorista da Banda Vaguense abraçou, também, o dom de ensinar (gratuitamente!) esta forma expressão artística a centenas de jovens. Eu, sortudo, fui um desses jovens! Lembro-me muito bem dos sábados que passei em sua casa a aprender aquilo que, mal sabia eu, seria a forma de ligação com este mundo para o resto da minha vida.
    O Sr. Silvério e o Sr. Graciano são apenas dois singelos exemplos que, muito da sua existência, doaram a esta nobre causa que são as nossas instituições culturais.
    Se hoje em dia faço o que faço, em muito devo a estas pessoas com quem tanto aprendi e que foram, e continuam a ser, uma grande fonte de inspiração. A todos eles: o meu gigante obrigado!
    Quanto a nós, cabe-nos continuar a apoiar todas estas instituições, pois são um verdadeiro epicentro de valores elementares para a nossa existência.

João Martins (Músico)

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