NO CONCELHO

PS viabiliza Junta de Vagos, mas nega acordo com o PSD

Socialistas abstiveram-se, na reunião de instalação da Assembleia de Freguesia. Dizem que não querem ser “força de bloqueio”

Ainda que o PSD não tenha maioria absoluta na Junta de Freguesia de Vagos, o executivo foi viabilizado, com a abstenção dos eleitos pelo PS. Contudo, os socialistas asseguraram, em declaração e voto, que o fizeram “não para apoiar, mas para não bloquear o início de funções de uma nova equipa democraticamente legitimada”. Mais tarde, num esclarecimento que tornou público, o PS negou, ainda, que tenha existido “qualquer acordo formal ou informal com o PSD”.
Na declaração de voto, a equipa socialista frisou que o “o PSD não dispõe de maioria absoluta na Junta de Freguesia de Vagos, o que exige uma governação assente no diálogo, no respeito institucional e na cooperação com todas as forças políticas representadas”. “O PS não será força de bloqueio, mas também não trairá quem em nós confiou o seu voto. Seremos uma oposição responsável, exigente e construtiva, defendendo que as propostas apresentadas pelo PS devem ter expressão no orçamento e no plano de atividades da Junta”, alertaram os socialistas, advertindo que, “sem essa abertura e compromisso”, não poderão “dar o seu voto favorável a tais documentos”.
Posteriormente, em comunicado, o partido esclareceu de novo a sua abstenção aquando da instalação da Assembleia de Freguesia, garantindo que não o fez por ter feito um acordo com o PSD, mas sim “apenas por respeito à lei e à vontade popular”. Já na declaração de voto, os socialistas haviam referido a Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais, mediante a qual “a presidência da Junta de Freguesia deve refletir o resultado eleitoral, cabendo a sua liderança à lista mais votada”.
S.F.

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