ECO DA SANTA CASA

Como o tempo passa tão rápido!!

Tem a Palavra a Mesa
Como nos esquecemos dos nossos amigos!!

Neste tempo em que quase tudo queremos fazer, sem olhar a meios, e quantas vezes sem ponderarmos ou minimamente calcularmos se as nossas ações podem causar danos a terceiros.
Quantas vezes vou adiando visitar um amigo ou familiar, a quem uma simples hora de conversa, banal que seja, pode transformar um dia pesaroso num alegre recordar de outros amigos ou de alguma “malandrice” feita em tempos passados.
Algumas vezes o faço, de verdade poucas, ficando contente comigo mesmo por um simples ato praticado, com a promessa que outra postura terei dali para a frente.
Porém, quase sempre nos ficamos pelas boas intenções, e somos arrastados pela velocidade do tempo e por outras solicitações, quantas vezes sem qualquer interesse.
Mas, quando tal amigo ou familiar chega ao “fim do seu caminho”, aí nós nos lamentamos de o não termos visitado, de não lhe termos dado uma palavra de conforto, de lhe não termos segurado na sua mão, quantas vezes tão trémula e carente, que sabemos perfeitamente da sua felicidade pela nossa visita, pela nossa conversa banal, pelo lhe fazer recordar outros tempos.
Mas ao recebermos a notícia do dia do seu funeral, aí já estamos disponíveis para o acompanhar à sua “última morada”. Aí já tudo somos capazes de fazer, de viajar milhares de quilómetros, sem olhar a meios ou custos, de deixar o negócio, de deixar todas as tarefas “urgentes”, para estarmos presentes junto à sua sepultura, e como nos lamentamos, mas já é tarde!
Mas porque não tivemos tempo, deixando passar dias, semanas, meses e quantas vezes anos, para uma ligeira visita ou tão simplesmente um breve telefonema?
Depois, e algumas vezes assim acontece, que se estiver em causa uma herança, aí de tudo somos capazes, e duma postura de recordação, que assim deveria ser, se passa rapidamente a uma disputa por um pedaço de terra, ou outro bem material por mais simples ou banal que seja, e as pequenas lembranças que de valor material pouco possam ter, são deitadas ao lixo ou escondidas em lugar remoto.
Anos mais tarde, por vezes num simples encontro de amigos, temos o prazer de “puxar” conversa e trazer para a roda da mesa os que já partiram.
Na minha “TERRA” de Soza, algumas vezes tal tem acontecido, num pequeno café dessa vila que tanto eu gosto.
Tinham particular relevo as conversas com o meu grande amigo Zé Carlos, no seu café S. Miguel com as suas memórias sem nunca terem fim à vista.

E HÁ TANTOS AMIGOS E AMIGAS QUE EU TENHO EM SOZA PARA PODER CONVERSAR…

Um grande abraço.
Vitorino Moreira Rocha
Mesário

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