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O álcool é comum em contextos sociais, mas o seu consumo excessivo tem graves riscos para a saúde. Está associado a diversas doenças, tais como problemas no fígado, coração, cérebro, pâncreas e vários tipos de cancro. Pode também causar ansiedade, depressão, insónias e dependência. A nível social, está ligado a conflitos familiares, perda de emprego e acidentes.
Segundo a OMS, existem quatro níveis de consumo: binge drinking (consumo pontual, mas excessivo), consumo de risco (sem sintomas, mas perigoso), consumo nocivo (com impacto na saúde) e dependência (com perda de controlo e consequências graves). Fisicamente, o consumo prolongado pode provocar aumento do fígado, alteração da cor da pele, tremores, cansaço e alterações da memória. O álcool não é recomendado a menores, grávidas, pessoas com doenças crónicas, sob medicação ou em situações de condução ou uso de máquinas.
Considera-se consumo de baixo risco até 2 copos pequenos por dia em homens até aos 64 anos e 1 por dia em mulheres em qualquer idade e em homens a partir dos 65 anos. Se sentir dificuldade em reduzir ou parar, procure ajuda do seu médico.

Marta Baptista, médica interna na USF Senhora de Vagos