NO CONCELHO

AD ganha em Vagos e Chega reforça segundo lugar

Coligação PSD-CDS com resultado expressivo no concelho. Ex-presidente da Câmara, Silvério Regalado, voltou a ser eleito deputado pelo círculo eleitoral de Aveiro

A Aliança Democrática (AD), que coligou PSD e CDS, venceu as eleições legislativas, liderada por Luís Montenegro. E também no concelho de Vagos foi a força política mais votada, com 48,85 % dos votos, ou seja, 6554 votantes. No ato eleitoral de 18 de março, 59,57% dos vaguenses compareceram nas mesas de voto – uma percentagem ligeiramente inferior à das eleições do ano passado, em que a taxa de adesão foi de 60,61%. O Chega, por seu turno, reforçou o segundo lugar que havia alcançado no último escrutínio – quando o PS desceu para terceiro –, arrecadando 26,32% dos votos (mais 4,26%, comparativamente a 2024).
A composição da Assembleia da República alterou-se. Ainda sem primeiro-ministro indigitado – dado que, ao fecho desta edição do Eco de Vagos, ainda se encontravam por apurar os resultados dos círculos eleitorais da Europa e do resto do Mundo – Luís Montenegro deverá ficar à frente da liderança do país, com a AD a ter conseguido eleger um total de 89 deputados – mais nove do que nas últimas eleições. Entre eles encontra-se o ex-presidente da Câmara de Vagos, Silvério Regalado, eleito pelo círculo de Aveiro.
Apesar de a maioria do parlamento ser social-democrata, o certo é que o PS apenas elegeu 58 deputados – menos 18 do que há um ano –, o mesmo número do que o Chega, que conseguiu ficar com mais oito representantes na Assembleia da República do que tinha. Os resultados dos círculos do estrangeiro podem, por isso, consagrar o partido liderado por André Ventura como a segunda maior força política a nível nacional.
Olhando para as oito freguesias vaguenses, a coligação encabeçada por Luís Montenegro ficou em primeiro lugar em todas. Mas aquela onde foi a preferência de maior percentagem de eleitores voltou a ser Fonte de Angeão e Covão do Lobo, onde alcançou 55,95% dos votos (733 eleitores). Em contrapartida, o pior resultado para a AD registou-se na Gafanha da Boa Hora, com 39,70 % (599 votos). Nessa freguesia, o Chega – que ficou em segundo lugar em todas – subiu de 22,22% para 31,35% (473 votos).
No que à abstenção diz respeito, Vagos e Santo António teve a maior percentagem de eleitores a irem votar (64,58%) e a Gafanha da Boa Hora a menor adesão (com apenas 46,63% dos eleitores a irem às mesas de voto).
Livre sobe do 7º para o 5º lugar
Comparando com as eleições legislativas do ano passado, a AD, em Vagos, registou uma ligeira descida, de 49,05% dos votos para 48,85%. O Chega, por seu turno, subiu – de 22,06% para 26,32% –, afirmando-se como escolha de 3531 vaguenses. E o PS, ainda que se mantenha em terceiro, teve uma descida de 12,92 para 9,70 %, recebendo apenas 1301 votos.
Quem também teve mais votos do que em 2024, no concelho, foi a Iniciativa Liberal – passou de 4,32% para 5,38% –, mantendo o quarto lugar das preferências dos eleitores. E uma das maiores subidas foi a do Livre, com 2,31% dos votos (310 votantes), passando para quinta força política mais votada, quando, no ano passado, tinha sido a sétima (com 1,74% das preferências). O Bloco de Esquerda, por seu turno, foi no sentido inverso, passando de quinto para sétimo (apenas com 1,16%), ficando mesmo atrás do ADN (que teve 2,18% dos votos).
De resto, o PAN ficou em oitavo, com 0,86% (115 votos), e a CDU (PCP-PEV) em nono, ao ter sido escolha de apenas 0,48%% dos eleitores (65 votos).
No final do dia das eleições, João Paulo Sousa, presidente da Câmara, deixou no Facebook do município uma mensagem, na qual agradeceu “a todas e a todos pelo trabalho empenhado na criação de condições para que este ato eleitoral decorre de uma forma organizada e fluída”. O edil aproveitou a ocasião, também, para enaltecer o papel dos cidadãos, “que se deslocaram às urnas de voto à disposição no concelho de Vagos, cumprindo assim o seu dever de cidadania e contribuindo, uma vez mais, para o engrandecimento do processo democrático”
S.F.

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