EFEMÉRIDE
COMPANHEIRISMO. A ideia germinou, ganhou força e viria a transformar-se numa experiência fantástica. Para se estabelecer, entre os elementos do grupo, uma «amizade e companheirismo sincero», como adiantou João Pedro Mateus, primeiro presidente do Lions Clube de Vagos. A cerimónia festiva da fundação, foi presidida por Vasco Costa, Governador do Distrito 115 (Norte-Centro), que fez entrega da «Carta Constitutiva» ao novo clube.
Tendo decorrido no Parque de Campismo da Orbitur, praia da Vagueira, numa unidade hoteleira cedida para o efeito, estiveram presentes mais de centena e meia de convivas, dos quais 30 sócios fundadores inscritos do clube de Vagos, para além de 21 outros clubes do distrito. Destaque para a presença de D. António Marcelino, bispo de Aveiro, e Domingos Cerqueira, presidente da Assembleia Municipal, este em representação da autarquia vaguense.
Na sua intervenção, o governador do distrito reconheceu que o movimento, iniciado por Mélvin Jones, ainda se transmite de clube a clube «como corrente elétrica, que a todos dinamiza e congrega no mesmo sentimento». Sublinhando que o lionismo requer amizade, colaboração e compreensão, tolerância e dinamismo, Vasco Costa elogiou a forma «cautelosa» como surgiu o novo clube, confiando os objetivos do lionismo, que encerram, conforme referiu, «todo o valor da alma humana em plenitude e verdade».
Antes falou o «padrinho físico» do clube em festa, Jaime Borges, do Lions Clube de Santa Joana Princesa. Apontando para o futuro um «horizonte de certezas», sublinhou que a criação de uma estrutura do género na região, vai ser «contributo fundamental e decidido» para o crescimento integrado de Vagos. Em nome do município, Domingos Cerqueira regozijou-se pela forma como «o bom nome de Vagos tem sido utilizado nos últimos meses». Disse, ainda, acreditar que a ação do Lions ia possibilitar um novo serviço a toda a comunidade.
Pelo Lions Clube de Vagos usou da palavra João Pedro Mateus, que apresentou aos presentes os sócios fundadores. Historiando os atributos da região, realçou o facto de Vagos se encontrar inserida numa zona rica em agricultora e pecuária. Fez, ainda, a apologia da Ria de Aveiro, que ajudou a transformar as terras do «vidro moído» em terras de fertilidade singular, tendo reconhecido o peso para a comunidade da fábrica da Vista Alegre.
Considerou, a propósito, que a evolução do turismo e a próxima instalação na nova zona industrial, vão impulsionar decisivamente o programa económico da região. “Vai trazer muitas coisas boas é certo, mas também irá trazer um agudizar de carências sociais», referiu, a terminar, considerando que só por isso o Lions de Vagos «surge assim com plena oportunidade».
Muito animada, a sessão contou com um momento de fados e guitarradas, tendo sido encerada por Luís Canha, a quem coube a ingrata missão de fazer a crítica dos trabalhos, tarefa bem conseguida. Dos órgãos dirigentes do Lions Clube de Vagos faziam parte: Direção – João Pedro Dionísio Mateus (presidente); Arlindo Jesus Félix Almeida, Eneida Maria Machado Amado Azevedo e António Paulo Maia Gravato (vice-presidentes); Elizabete Jesus Roldão Félix Almeida (secretária); José Amaral Simões Lázaro (tesoureiro); Maria Natália da Rocha (diretora social); Manuel Pinho Correia Duarte (diretor social adjunto); António Carlos Cruz Mais (diretor crítico).
Eduardo Jaques