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No passado dia 12 de Fevereiro, celebrou-se o Dia Internacional da Epilepsia. A Epilepsia é uma doença crónica do sistema nervoso central (SNC) que afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Na epilepsia ocorrem descargas elétricas anormais dos neurónios que podem provocar diversos sintomas, sendo o mais comum as convulsões.
As convulsões são breves episódios em que podem ocorrer movimentos involuntários, com ou sem perda de consciência e incontinência de urina ou fezes. Uma convulsão isolada não significa epilepsia, e nem todas as pessoas com epilepsia têm convulsões.
A epilepsia pode surgir em qualquer fase da vida e as suas causas são variadas, sendo em 50% dos casos desconhecida. Em crianças até 1 ano de vida, poderá estar associada a doenças genéticas e hereditárias. Na idade adulta, a “cicatrizes” de agressões prévias ao cérebro, como por exemplo após um traumatismo do crânio, AVC ou infeções do SNC.
Perante uma convulsão é importante garantir a segurança da pessoa, podendo colocar-se uma almofada ou um casaco dobrado na cabeça para impedir que bata no chão. Não se deve introduzir objetos na boca, nem puxar a língua, nem tentar imobilizar a pessoa.
A maioria dos casos de Epilepsia não é curável, contudo existe medicação que permite o controlo da doença e até 70% das pessoas pode ficar livre das crises epiléticas, permitindo ter uma vida sem limitações.


A. Raquel Dias
Médica Interna na USF Senhora de Vagos

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