No passado dia 21 de setembro assinalou-se o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, uma data dedicada a sensibilizar a comunidade para esta doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
O Alzheimer é a forma mais comum de demência. A demência é um conjunto de doenças que afetam a memória, o raciocínio, a linguagem e o comportamento. Os primeiros sintomas incluem esquecimento de acontecimentos recentes, repetição constante das mesmas perguntas, desorientação em lugares conhecidos ou ter mudanças de humor repentinas. É importante referir que estas alterações vão surgindo de forma gradual e exigem atenção médica, acompanhamento familiar e também apoio da comunidade.
Com o tempo, a doença interfere nas atividades do dia-a-dia e exige cuidados especializados, não só para a pessoa com demência, mas também para a família e cuidadores. Esta data lembra-nos a importância de saber mais sobre esta doença, apoiar as pessoas com diagnóstico e reconhecer o esforço das famílias e cuidadores, que muitas vezes enfrentam grandes dificuldades em silêncio. É um momento para refletir e agir em comunidade.
É precisamente neste ponto que o Projeto Memorizar intervém, especificamente através de atividades de estimulação cognitiva e de apoio aos cuidadores, o projeto tem demonstrado que é possível dar mais qualidade de vida às pessoas que vivem com demência e, ao mesmo tempo, oferecer alívio às suas famílias ajudando a manter a memória ativa, a reforçar os laços sociais e a reduzir o isolamento.
No entanto, o combate ao estigma associado à demência deve ser feito pela comunidade, ou seja, por cada um de nós, que pode ter um papel importante nesta causa. Pequenos gestos como cumprimentar, conversar, escutar com paciência ou oferecer ajuda podem ter um grande impacto.
Falar de demência não é apenas falar de perda de memória. É falar de pessoas que continuam a ter sentimentos, vontades e necessidades. É falar da importância de cuidar com dignidade, de respeitar cada história de vida e de garantir que o afeto e a inclusão não desaparecem à medida que a doença avança.
Por isso, deixamos um apelo a toda a comunidade: neste mês, usem uma peça roxa em sinal de apoio, falem sobre a demência sem receios e estejam atentos às famílias que vivem esta realidade, oferecendo-lhes gestos de ajuda e de proximidade. Só assim conseguiremos unir forças e construir uma comunidade mais consciente, mais solidária e mais humana.
Mesmo quando a memória se apaga, o carinho e a solidariedade permanecem!
Projeto Memorizar
