NO CONCELHO

Rui Cruz fica com os principais pelouros

António Castro assegura a vice-presidência da Câmara. Oposição defende mais transparência, fiscalização e controlo financeiro

Rui Cruz, presidente da Câmara de Vagos, vai assumir os principais pelouros do município: Administração Geral, Planeamento e Urbanismo, Ação e Proteção Social, Saúde e Desenvolvimento Económico. A distribuição foi feita na primeira reunião do executivo, que decorreu a 5 de novembro. A oposição – composta por dois vereadores do CDS-PP e um do Chega – absteve-se da votação. Mas os democratas-cristãos fizeram questão de, numa declaração de voto, frisar a importância de haver mais transparência, fiscalização e controlo financeiro, além de mostrarem preocupação com a concentração de demasiadas áreas “num número reduzido de eleitos”.
Além das pastas que vão ficar sob alçada de Rui Cruz, António Castro, que assume funções de vice-presidente da Câmara, viu serem-lhe atribuídos os pelouros de Obras Públicas, Recursos Humanos, Gestão Financeira, Ambiente, Serviços Operacionais e Gestão das Redes de TICE (Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica). Por outro lado, a Educação, o Desporto e a Juventude ficam nas mãos da vereadora Isabel Capela, com os pelouros da Cultura e do Turismo a serem assumidos por Maria da Graça Gadelho.
Hugo Santos e Óscar Francisco, eleitos pelo CDS-PP, assim como Olavo Rosa, do Chega, integram o executivo municipal, mas sem pelouros atribuídos. “Não podemos deixar de manifestar preocupação com o nível de concentração de funções em áreas estratégicas num número reduzido de eleitos, designadamente nas áreas da Ação Social, Saúde, Desenvolvimento Económico e Urbanismo, essenciais para o futuro do concelho”, frisaram os vereadores democratas-cristãos, após a votação.
Para Hugo Santos e Óscar Francisco, a abstenção no ponto da distribuição de pelouros foi a opção tomada por ambos tendo por base a “defesa da transparência e equilíbrio institucional”, a “garantia de fiscalização democrática” e o “compromisso com a proximidade e boa governação”. Os vereadores do CDS também se abstiveram na votação de outro ponto, referente à delegação de competência para a autorização de despesa e para a realização de obras por administração direta. E fundamentaram a decisão alegando que existe uma “necessidade de controlo rigoroso da despesa pública, com reporte regular ao executivo e aos vereadores sem pelouros”.
Reunião pública
“Com esta nova configuração estratégica, o executivo municipal confirma o seu compromisso com uma governação íntegra e eficaz, reforçando a coordenação entre diversas áreas-chave da atuação municipal. Esta reestruturação pretende impulsionar uma visão estratégica e determinada para o concelho de Vagos, preparando-o para enfrentar com ambição e resiliência os desafios do próximo ciclo autárquico”, assegurou, por seu turno, a equipa liderada por Rui Cruz.
No primeiro encontro de trabalho, o novo executivo deliberou, também, a calendarização das reuniões ordinárias, que terão lugar, já a partir de setembro, às primeiras e às terceiras quintas-feiras de cada mês, com início às 9.30 horas, na sala de reunião da Câmara de Vagos. A primeira reunião mensal, contudo, é aberta ao público.
S.F.

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